São-Paulinos de plantão!
Essa semana completou 16 anos da estreia de Amoroso com a camisa do São Paulo. Para ser exato, ela aconteceu em 22 de junho de 2005, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores de 2005, contra o River Plate-ARG, no Morumbi. O atacante foi inscrito na última hora no torneio e chegou para substituir Grafite, que se lesionou gravemente nas quartas de final, contra o Tigres, do México.
E foi épico! Tudo porque a equipe então comandada por Paulo Autuori teve que superar diversas dificuldades. Uma delas, foi ter que vencer o grande favorito a conquistar aquela Libertadores, afinal de contas, tinha grandes jogadores, como Lucho González, Marcelo Gallardo (hoje treinador), Mascherano, Marcelo Salas e entre outros.
Outro obstáculo (e dos grandes) que o Tricolor enfrentou foi o árbitro uruguaio Gustavo Mendez. Para quem estava no estádio, claramente o trabalho do apitador foi bastante estranho e contestável, sendo que deixava de marcar faltas claras nos jogadores do SPFC e marcava todas a favor dos argentinos. E não foi só isso, ele parava a partida a cada minuto, deixava os visitantes fazerem cera e tudo mais.
Na época, o São Paulo se sentiu incomodado com a situação e mandou uma carta para o então presidente da Conmebol, Nicolas Leoz, repudiando o trabalho de Mendez e solicitando a troca da arbitragem para o jogo da volta, em Buenos Aires (sim, o uruguaio iria apitar no Monumental!). No fim, quem apitou na Argentina foi o chileno Rubén Selman.
Em 2006, Mendez foi afastado após o jornal "La República", de Montevidéu, publicar uma denúncia revelando uma conversa que o seu empresário, Jorge Chijane, admite ter recebido do clube argentino US$ 20 milhões (R$ 45 mil na época) para favorecer os Millonários contra o Clube da Fé na capital paulista.
O JOGO
Quanto ao jogo, como mencionei acima, foi tenso desde o início. Enquanto Gallardo era quem comandava as ações para o River, o estreante Amoroso foi quem se destacou entre os brasileiros. A melhor chance da primeira etapa ocorreu ao 35 minutos, quando o Camisa 9 fez linda jogada individual, deu uma meia lua no zagueiro e chutou para a defesa do goleiro Constanzo. Por pouco não saiu um gol de placa!
No segundo tempo, a tensão tomou conta. Logo no início, Autuori tirou o volante Renam e colocou o meia Souza para fazer a ala direita (Cicinho estava com a Seleção na Copa das Confederações). A improvisação deu certo, pois o time passou a criar mais chances de gol e a dominar o adversário.
E Amoroso foi grande responsável por isso. Ele não fez gol, mas foi decisivo, pois mandou bola na trave, tentou cavar faltas próximo da área, atormentou a defesa do River do início ao fim. Para quem desconfiava, o craque mostrou que ia ser peça fundamental na caminhada do tão sonhado tri da Liberta.
A angústia dos mais de 60 mil são-paulinos no Morumbi acabou aos 31 minutos. Escanteio cobrado pela direita, a bola atravessou a área e caiu nos pés de Danilo, que chutou no canto esquerdo, sem chances para o goleiro. Explosão no Cícero Pompeu de Toledo!
Em vantagem, o Tricolor passou a jogar mais solto, tanto que ampliou o marcador após Lucho González colocar a mão na bola dentro da área e cometer pênalti. O lance foi tão claro que o árbitro não conseguiu fugir da responsabilidade de marcar. Rogério Ceni bateu e fechou o placar em 2 a 0!
Um baita resultado para o SPFC! Eu estava no Morumbi neste dia e confesso que a emoção após essa vitória foi enorme, afinal de contas, vi um show de Amoroso e o time provar que estava pronto para ser tricampeão da Libertadores.
Abaixo, a ficha do jogo:
SÃO PAULO 2x0 RIVER PLATE
22/06/2005
Local: Morumbi
Público: 61.068 pessoas/ Renda R$ 1.575.055,00
Árbitro: Gustavo Mendez-URU
Gols: Danilo (31' do 2º T) e Rogério Ceni (44'do 2º T)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Mineiro, Renam (Souza), Josué, Danilo e Júnior; Luizão e Amoroso (Alê). Técnico: Paulo Autuori.
RIVER PLATE: Constanzo; Diogo, Ameli, Tuzzio e Domínguez; Lucho Gonzaléz (Almada), Mascherano, Zapata (Mareque) e Marcelo Gallardo; Marcelo Salas (Gastón Fernández) e Farías. Técnico: Leonardo Astrada.
Vai, São Paulo!
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