SELEÇÃO SPFC: ESCALAÇÃO COM OS MELHORES ESTRANGEIROS DA HISTÓRIA DO TRICOLOR

Diego Lugano comemora título do Mudial Interclubes, em 2005, contra o Liverpool. Crédito: Reuters

São-Paulinos de plantão!

Sabemos que o São Paulo teve vários ídolos e jogadores históricos estrangeiros. Sastre, Dario Pereyra, Pedro Rocha, Diego Lugano são alguns deles.

E para celebrar os feitos desses craques, o blog resolveu montar a seleção do Tricolor só com jogadores que nasceram fora do Brasil. Como critério, foi analisado o tempo de clube, títulos, relevância e identificação com a torcida.

Como são vários nomes, fizemos duas formações, sendo uma no esquema 3-5-2 e outra no 4-3-3. Veja como ficaram os times logo abaixo:

4-3-3
José Poy-ARG; Pablo Forlán-URU, Dario Pereyra-URU, Diego Lugano-URU e Alvaro Pereira-URU; Maldonado-CHI, Gustavo Albella-ARG e Pedro Rocha-URU; Antonio Sastre-ARG; Aristizabal-COL e Joao Rojas-EQU. Técnico: Joreca

3-5-2
José Poy; Arboleda-EQU, Diego Lugano-URU e Dario Pereyra-URU; Pablo Forlán-URU, Maldonado-CHI, Pedro Rocha-URU, Antonio Sastre-ARG e Alvaro Pereira-URU; Joao Rojas-EQU e Aristizabal-COL. Técnico: Joreca

Menção honrosa: muitos outros nomes mereciam estar aí. Entre os treinadores, Hernán Crespo, que tirou o time de uma fila de nove anos em um trabalho de apenas três meses, era uma ótima opção, assim como o histórico Béla Guttmann, húngaro que comandou o time no título Paulista de 1957. Entre os atletas, houveram outros nomes importantes, como Jonathan Calleri-ARG (esse acabou de voltar e tem chance de entrar nessa seleção!), Lucas Pratto-ARG, Diego Aguirre-URU, Sierra-CHI, entre outros.

Abaixo, os jogadores selecionados:

José Poy como goleiro do São Paulo. Crédito: Reprodução

José Poy (Argentina)
Um dos grandes nomes da história do São Paulo. Como goleiro, chegou ao SPFC em 1948, vindo do Rosário Central, da Argentina. Atuou no clube por muitos anos (524 partidas entre 1949 e 1962). Foi campeão paulista nos anos de 1948, 1949, 1953 e 1957. Também foi técnico no Tricolor e comandou o time que foi campeão estadual em 1975. Foi importante durante a construção do Morumbi, pois vendeu títulos de cadeira cativa, principal fonte de renda da obra, para muitos torcedores.

Pablo Forlán em ação com a camisa do São Paulo. Crédito: Reprodução

Pablo Forlán (Uruguai)
Jogou no Tricolor por cinco anos (1970 até 1975) e fez 243 jogos. Foi um dos responsáveis por tirar o Tricolor de uma fila de 13 anos sem ganhar títulos, quando venceu o Paulistão de 1970. Depois disso, conquistou o Estadual em 1971 e 1975. Uma de suas características era a raça dentro de campo. Sem dúvida, é um dos grandes atletas uruguaios que passaram pelo Morumbi e um dos maiores laterais-direito que vestiram o manto preto, branco e vermelho.

Arboleda comemora gol marcado contra a Ferroviária, em Araraquara. Crédito: Reprodução 

Arboleda (Equador)
Chegou no clube em 2017. É verdade que se envolveu em várias polêmicas fora dos gramados. A principal delas foi postar em sua rede social uma foto vestindo a camisa do Palmeiras. No entanto, dentro de campo sempre foi muito importante e se redimiu desse episódio sendo um dos principais nomes do título do Paulistão de 2021, campeonato que tirou o SPFC da fila de nove anos sem títulos.

Dario Pereyra como jogador do São Paulo. Crédito: Reprodução

Dario Pereyra (Uruguai)
Para muitos, simplesmente o melhor zagueiro da história do São Paulo. Fez grande dupla com Oscar. Disputou 453 jogos e conquistou quatro títulos do Campeonato Paulista (1980, 1981, 1985 e 1987). Também foi um dos responsáveis pelos dois primeiros títulos nacionais do Tricolor, sendo campeão brasileiro em 1977 e 1986.

Diego Lugano durante sua despedida, em 2017. Crédito: Reprodução

Diego Lugano (Uruguai)
Chegou em 2003 como o "jogador do presidente", afinal de contas, quem o trouxe foi o então mandatário Marcelo Portugal Gouveia. No início, enfrentou forte desconfiança da imprensa da torcida, mas aos poucos foi conquistando os dois com sua raça e entrega nos gramados. Em 2005, foi um dos símbolos das conquistas do tri da Libertadores e do Mundial. Não é à toa que os são-paulinos o chamam até hoje de "Dios" (Deus em espanhol) Lugano. Ao todo, realizou 213 jogos no SPFC.

Álvaro Pereira jogou no São Paulo em 2014. Crédito: Reprodução 

Alvaro Pereira (Uruguai)
Esse infelizmente jogou pouco (45 partidas entre 2014 e 2015) no São Paulo e não foi campeão. No entanto, conquistou a torcida com sua raça e força de vontade durante os 90 minutos. Foi um dos melhores laterais-esquerdo estrangeiro que passaram pelo Clube da Fé.

Maldonado em ação com a camisa do Tricolor, em 2003. Crédito: Reprodução

Maldonado (Chile)
Volante chileno que foi importante no início dos anos 2000. Foi campeão paulista de 2000 e ajudou a levar o time para a única final de Copa do Brasil que o Tricolor fez até aqui. Por pouco não ganhou. Também conquistou o Rio-SP de 2001 e o Supercampeonato Paulista de 2002. No campo, não era brilhante mas muito eficiente na marcação e na saída de bola. Ao todo, atuou em 99 partidas.

Albella posa com o time do São Paulo, na década de 1950. Crédito: Reprodução

Gustavo Albella (Argentina)
Chegou ao clube como centroavante, mas virou meia pouco depois. Formou dupla vitoriosa com Gino no time que foi campeão paulista de 1953. Suas jogadas inusitadas lhe valeram o apelido de "El Atómico". Deixou o São Paulo em fevereiro de 1954, com 47 gols, em 81 partidas disputadas.

Pedro Rocha durante jogo com a camisa do São Paulo. Crédito: Reprodução

Pedro Rocha (Uruguai)
Um dos melhores Camisas 10 da história do São Paulo. Tinha o apelido de El Verdugo (carrasco, em português) pois castigava sem dó os adversários. Chegou ao clube em setembro de 1970. Foi Campeão Paulista em 1970, 1971 e em 1975. Estava no time campeão brasileiro de 1977. Também levou o Tricolor até as suas primeiras finais nacionais, em 1971 e 1973. Foi um dos responsáveis por levar o Clube da Fé até a sua primeira final da Libertadores, em 1974. Na ocasião, perdeu para o Independiente-ARG. Tinha um jeito de jogar clássico e elegante. Com o manto sagrado, fez 393 jogos. Sem dúvida, um grande ídolo!

Antônio Sastre disputa a bola em jogo contra o Palmeiras. Crédito: Reprodução

Antonio Sastre (Argentina)
Outro dos principais nomes da história do São Paulo. Fez 128 jogos no clube paulista e conquistou os campeonatos paulista de 1943, 1945 e 1946. Ao lado de Leônidas da Silva, ajudou a elevar o nível do SPFC na década de 1940.

Rojas comemora gol marcado no Morumbi, durante o Paulistão de 2021. Crédito: Rubens Chiri/ São Paulo FC

Joao Rojas (Equador)
Claro que Calleri é mais jogador, mas Rojas leva vantagem pois já foi campeão no SPFC. E mais, sua história de superação no clube impressiona. Chegou se destacando em 2018, mas sofreu graves lesões e ficou mais de dois anos parado, deixando em dúvida o futuro de sua carreira como jogador. Conseguiu voltar e ser campeão do Paulista de 2021. Foi importante em alguns jogos, tanto que marcou três gols durante a campanha. Na final, participou da jogada do gol de Luciano, que garantiu o caneco.

Aristizabal marca gol contra o Palmeiras, em 1997. Crédito: Reprodução

Aristizabal (Colombia)
Fez 79 partidas com a camisa do Tricolor. Ajudou a devolver o protagonismo do clube no final da década de 1990. Fez ótima dupla de ataque com Dodô e marcou gols bonitos e importantes. Foi campeão do Paulistão de 1998. 

Técnico Joreca durante treino do São Paulo. Crédito: Reprodução

Joreca (Portugal)
Para treinador, sem dúvida outros nomes poderiam estar aqui, como o húngaro Béla Guttmann (campeão paulista em 1957), José Poy (campeão paulista em 1975 e o estrangeiro com mais jogos como técnico, com 422) ou até mesmo Hernán Crespo, que tirou o time da fila em 2021. No entanto, o escolhido foi o português Joreca, pois ganhou três Campeonatos Paulista, incluindo o histórico de 1943, que ficou conhecido pelo fato da moeda cair em pé e o SPFC superar os grandes favoritos Corinthians e Palmeiras. É o sexto treinador da história do clube com maior número de jogos. Ele fez 172 partidas (115 vitórias, 31 empates e 26 derrotas).

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Vai, São Paulo!

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