São-Paulinos de plantão!
Depois do resultado da votação no Conselho Deliberativo, em que 14 dos 24 tópicos do estatuto foram aprovados e alterados, dá para dizer que o São Paulo não está mais parado no tempo, como Muricy Ramalho e Rogério Ceni afirmaram. Agora, a instituição anda em marcha ré.
Pois é, a reeleição voltou (mandato pode durar seis anos), a extensão do tempo da gestão dos conselheiros aumentou (de três para seis anos) e mais outras mudanças estão por vir.
Uma delas, envolve a permissão de um conselheiro ter um cargo diretivo sem ser remunerado. Neste caso, o nome de Carlos Belmonte, atual diretor de futebol, é o mais beneficiado no momento. No texto atual, que foi aprovado em 2017, a atividade é proibida, ou seja, para ficar no cargo que possui hoje ele teria que renunciar o título de conselheiro para ser um profissional terceirizado. Com a alteração, esse processo não é mais preciso.
Pelo menos, a proposta de diminuir o número de conselheiros foi rejeitada. As 260 vagas atuais (160 vitalícias e 100 eleitas) continuam e, com isso, será possível a formação de até três chapas na eleição para presidente. Essa é uma boa notícia, mas ainda é muito pouco. O correto era o Tricolor não discutir esses tipos de alterações no momento.
Enquanto há clubes debatendo sobre virar empresa (uns até já viraram!), por exemplo, o São Paulo caminha para trás, debatendo ideias retrógradas, de perpetuação de poder. Para piorar, vários conselheiros acusaram a instituição de fazer tudo na surdina, sem abertura para debate.
Como mudanças desse porte podem ser discutida em reunião fechada, online e com divulgação do resultado só no dia seguinte? Cadê a transparência prometida na campanha, presidente?
Em um ano, Júlio Casares mostrou ser um gestor "mais do mesmo", como diz o jargão futebolístico. Aquele discurso de trazer uma gestão mais profissional, baseada em meritocracia e análises técnicas parece que era balela.
Uma coisa é certa: a torcida do São Paulo está cansada de "mais do mesmo". Sim, os próximos anos serão difíceis e sofríveis. O caminho para a Série B está mais curto e esse claramente não é o principal problema.
A cobrança não pode parar!
Vai, São Paulo!
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