ESPECIAL 92: SÃO PAULO 1(3)X(2)0 NEWELL'S OLD BOYS - FINAL LIBERTADORES

Raí levanta pela primeira vez a taça de campeão da Libertadores. Crédito: Reprodução 

São-Paulinos de plantão!

Falar sobre a final entre São Paulo e Newell's Old Boys-ARG, pela Libertadores de 1992, é falar da noite que mudou a história do Tricolor e do futebol brasileiro, afinal de contas, a relação entre Brasil e Libertadores se tornou muito mais forte depois de ver a festa épica dos são-paulinos

Só que antes das comemorações no Morumbi, foi visto um jogo histórico, com duas equipes de alto nível disputando bola por bola, como se fosse um prato de comida.

Depois dos papéis picados de Rosário, a torcida do SPFC não economizou nos fogos de artifícios e nem nos sinalizadores. A festa no Sacrossanto foi de arrepiar e inesquecível. Quando a bola rolou, veio uma partida típica de final, ou seja, muito disputada, pegada, dura, com forte marcação das duas equipes.

No primeiro tempo, o Clube da Fé até conseguiu trocar alguns passes rápidos e fazer boas tabelas. Cafú foi bastante acionado pela direita e foi por lá que vieram as melhores chances. O próprio Camisa 2 quase fez um golaço de falta (tipo aquele do Ronaldinho Gaúcho contra a Inglaterra em 2002) ao tentar encobrir e surpreender o goleiro Scoponi. 

Macedo sofre pênalti de Gamboa. Crédito: Reprodução

Depois, Palhinha, o artilheiro da competição com sete gols, acertou o travessão e Raí não acertou o alvo após tabela rápida pelo meio. Mesmo tomando mais a iniciativa, o time de Telê Santana não conseguiu impor totalmente seu ritmo, já que os argentinos vieram com a proposta de segurar a vantagem conquistada no primeiro duelo.

Para mudar isso, precisou Macedo entrar em campo no segundo tempo. Aos 20 minutos, o Camisa 9 entrou no lugar de Muller e logo na primeira jogada invadiu a área e foi puxado por Gamboa dentro da área. Raí cobrou no canto direito de Scoponi, que pulou para o esquerdo. Era o que os brasileiros precisavam para mudar a história. 

E ela foi mudada nas penalidades máximas!

Em um dos momentos mais tensos, o Clube da Fé triunfou com classe. Raí acertou sua cobrança, assim como Ivan e Cafú. Ronaldão acabou errando. Pelo Newell's, Berizzo (autor do gol no duelo de Rosário) e Mendoza desperdiçaram, enquanto Zamora e Llop guardaram. 

Raí acerta cobrança em disputa de pênaltis na final da Libertadores de 1992. Crédito: Reprodução

O título ficou para a cobrança do zagueiro Gamboa, um dos grandes ídolos do rubro-negro. No fim, ele mandou a bola que imortalizou Zetti. Em chute a meia altura no canto esquerdo, o goleiro são-paulino espalmou e pintou a América em preto, branco e vermelho.

Em seguida, o gramado do Morumbi virou um mar de gente, com uma invasão histórica, o que permitiu torcedores (até de outros clubes), imprensa, patrocinadores e investidores se apaixonarem de forma ainda mais forte pela Libertadores e pelo futebol Sul-Americano.

Zetti defende pênalti de Gamboa e conquista a Libertadores de 1992. Crédito: Reprodução

NOTAS:

Zetti - No jogo não foi tão exigido, mas resolveu em um dos momentos mais importantes da história do SPFC. 10!

Cafú - Bastante acionado no primeiro tempo e proporcionou boas chances de ataque. Marcou o seu na disputa de pênaltis. 9,0!

Antônio Carlos - Mostrou como se deve jogar uma final. Seguro e sério. 8,0!

Ronaldão - Nervoso e tenso, tanto que cobrou mal o seu pênalti. De qualquer forma, marcou bem o ataque do Newell's. 7,0!

Ivan - Outro que foi firme na marcação e não tremeu nas penalidades. 8,5!

Adílson - Brilhante nos desarmes. 8,5!

Pintado - Um leão em campo. Seria o quinto do São Paulo a bater o pênalti. 8,5!

Raí - Não é qualquer um que encara mais de 100 mil pessoas e converte dois pênaltis numa final tensa e gigante como essa de Libertadores. Foi um dos símbolos da conquista inédita. 10!

Palhinha - Mandou uma bola na trave. Não apareceu tanto como em outros jogos, mas foi um dos atletas mais importantes do SPFC na competição. 8,0!

Muller - Quase marcou o seu no primeiro tempo, mas o zagueiro tirou em cima da linha. Foi substituído no segundo tempo. 7,5!

Macedo - Entrou para mudar o jogo. Cumpriu a missão ao cavar o pênalti que salvou o Tricolor. 8,0!

Telê Santana - Armou um time para ganhar a final e entrar para a história. Equipe jogou bonito e quando precisou não teve vergonha de dar chutão e nem dividir com o adversário. 10!

Vai, São Paulo!




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