ANÁLISE: COMO REI, PELÉ DEIXOU PAIXÃO CLUBÍSTICA EM SEGUNDO PLANO

 Pelé comemora com Jairzinho gol durante a Copa de 1970. Crédito: Reprodução

São-Paulinos de plantão!

Infelizmente, Pelé, o Rei do Futebol, nos deixou. Quer dizer, seu corpo se foi, mas sua magia com a bola nos pés está (e sempre estará) entre nós. O craque estava internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, e morreu por causa de um câncer de cólon. 

E pela importância da história do atleta, é claro que o blog não ia deixar de falar do maior jogador de todos os tempos.

Como nasci em 1987, não vi Pelé atuar. No entanto, cresci ouvindo pai, avô e tio sobre as magias do Camisa 10 da Seleção Brasileira, além de assistir filmes e videoteipes com suas jogadas épicas e mirabolantes.

Como amante de futebol, vibrei com o seu primeiro gol em Copas do Mundo, que ocorreu em 1958 contra o País de Gales, e fiquei sem palavras quando chapelou o zagueiro sueco e chutou sem chances para o goleiro, na final daquele mesmo Mundial. Aplaudi quando marcou o seu milésimo gol da carreira, no Maracanã, em 1969, contra o Vasco.

O provoquei quando li sobre o famoso clássico San-São, de 1963, em que foi expulso e o Santos deixou o campo antes do término da partida para evitar uma goleada ainda mais humilhante. 

Pelé é expulso em clássico contra o São Paulo no Pacaembu. Crédito: Reprodução

O troco do Rei ocorreu tempos depois, quando enganou o zagueiro Tricolor, Samuel, e cavou um pênalti para salvar o Peixe da derrota. Percebendo a distração do defensor, Pelé fingiu que tinha roubado a bola, o que instigou o são-paulino a cometer falta dentro da área. O detalhe é que a bola estava o tempo inteiro nas mãos de Waldir Peres. Sim, o que xinguei a defesa do meu time quando vi o lance não foi brincadeira.

Enfim, dá para ficar aqui por horas descrevendo os lances de Pelé. O que dizer de suas jogadas mágicas na Copa do Mundo de 1970, que garantiram o tri? Tem o drible de corpo no goleiro uruguaio Mazurkiewicz, na semifinal, o quase gol do meio de campo contra a Tchecoslováquia, a cabeçada mortal na final contra a Itália, além de sua assistência perfeita para Carlos Alberto Torres fazer um dos maiores tentos da história do futebol, justamente na decisão contra a Azzurra.

O corpo do Camisa 10 se foi, mas sua magia com a bola nos pés está (e sempre estará) entre nós. Vá em paz, Rei! Seu talento fez a minha paixão clubística ficar em segundo plano. Muito obrigao por tudo, Vossa Majestade!

Vai, São Paulo!


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