ANÁLISE: SÃO PAULO 0(5)x(6)0 ÁGUA SANTA - QUARTAS PAULISTÃO 2023

 Luciano perde jogada no Allianz Parque. Crédito: Marcos Ribolli

São-Paulinos de plantão!

Penapolense (Paulista 2014), Talleres (Pré-Libertadores 2019) e Mirassol (Paulista 2019). Estes são alguns dos vexames do São Paulo nos últimos anos. A mais nova integrante do grupo é a eliminação para o Água Santa, no Allianz Parque, nas quartas do Paulistão. Depois de um empate em 0 a 0, a equipe de Diadema venceu a disputa de pênaltis e avançou para a semifinal.

Antes de tudo, é importante dizer que a casa palmeirense não foi a responsável pela derrota. Muito pelo contrário! A festa que os apaixonados pelo Clube da Fé fizeram na arena foi maravilhosa. Com forte entonação, só ocorreu apoio e incentivo. Até depois do fim, cantaram o hino do clube. Realmente, a torcida é o melhor jogador do SPFC!

Foi um vexame mais do que merecido para o Tricolor. Mesmo em um campo diferente, não dá para aceitar um time não criar nada produtivo durante 90 minutos. Foi isso que aconteceu! Após um primeiro tempo em que não conseguiu criar muita coisa, a equipe de Rogério Ceni fez uma segunda etapa pavorosa, em que houve um pleno domínio físico do adversário.

Tudo bem que perder Galoppo, Welington Rato e Wellington (todos por lesões. Como é possível, meu deus?!) ajudou para a falta de inspiração, mas não foi só esse o problema. Houve também o fato de vários jogadores estarem ainda no departamento médico ou sem as condições ideais, como a dupla de zaga titular (Arboleda e Ferrarezi) e o principal atacante (Calleri). Isso mina qualquer trabalho de treinador! Sem dúvida, esse é um baita álibi para Ceni. O Campeonato Paulista ficou comprometido com essas ausências. 

Agora, a eliminação deixou coisas importantes bastante claras. Uma delas é que o esquema 4-2-4, que o ex-goleiro ama de paixão, mais uma vez se mostrou inútil, irritante e frágil. Não dá para jogar o Brasileirão só tocando para o lado, sem criar nada de bom e vivendo da bola parada do W. Rato. Assim, o riso de cair é bem real. É preciso mais repertório, mais objetividade, mais segurança defensiva, mais competitividade.

NOTAS:

Rafael – Quase salvou o SPFC da eliminação ao defender uma das cobranças. 6,5!

Nathan – Criou boas situações no primeiro tempo. No segundo tempo, sumiu. 5,5!

Alan Franco – Mandou uma bola na trave e fez o seu pênalti. 6,5!

Beraldo – Foi seguro nos 90 minutos. 6,0!

Welington – Foi no sacrifício no final. 6,0!

Luan – Participou de algumas das boas jogadas do SP no jogo. 6,5!

Rodrigo Nestor – Partida ruim, mas não tremeu na hora de cobrar seu pênalti. 5,5!

Luciano – Fez o seu pênalti, mas ficou os 90 minutos todo nervosinho e tomou cartão de graça. 5,0!

W. Rato – Saiu machucado, mas antes não conseguiu acertar um bom lançamento. 5,0!

Galoppo – Saiu no começo do jogo. Sua lesão foi a pior notícia de todas. Sem nota!

David – Quando esteve na cara do gol mandou a bola na bandeirinha de escanteio. 4,0!

Erison, Alisson, Caio Paulista, Pablo Maia e Méndez – Erison entrou no lugar de Galoppo no início do jogo e saiu porque não tinha condições de aguentar mais fisicamente. Então por que foi ao jogo? 4.5! Alisson bateu muito mal o pênalti. 4,0! Pablo Maia converteu sua cobrança. 6,0! Méndez, um jogador de Copa do Mundo, não pode bater pênalti como bateu. 4,0!

Rogério Ceni – Tá certo que, quando se tem mais de um time inteiro no DM, fica muito difícil trabalhar. No entanto, afundou com seu esquema inútil, irritante e ineficiente. Queimou duas substituições com o mesmo jogador. Agora, precisa se reinventar e entender que o SPFC necessita GANHAR JOGOS e não propor jogos. 4,0!

Vai, São Paulo!

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