Jogadores do SPFC celebram o bi da Libertadores. Crédito: Reprodução
São-Paulinos de plantão!
26 de maio de 1993, o dia que a América ficou tricolor pela segunda vez. Com um time histórico, o São Paulo conquistou o bi da Libertadores diante da Universidad Católica-CHI, em Santiago. A derrota por 2 a 0 acabou passando batido, já que no primeiro jogo, no Morumbi, aconteceu um dos maiores espetáculos da história do futebol.
Um 5 a 1 para toda a eternidade. Uma apresentação a lá Brasil x Itália de 1970. Um show de Raí, Muller, Palhinha, Zetti e Telê Santana. Para celebrar um dos melhores esquadrões da história do Clube da Fé, vamos fazer uma retrospectiva dessa campanha histórica.
Como curiosidade, a regra da época dizia que o atual campeão do torneio entrava na competição nas oitavas de final, ou seja, o SPFC não jogou a fase de grupos. Confira abaixo a sequência de jogos do Tricolor:
OITAVAS - SPFC X NEWELL'S OLD BOYS
Quis o destino que o primeiro adversário fosse o mesmo da final de 1992. Na primeira partida, em Rosário, uma vitória contundente do NOB. Na volta, Raí, com a mão enfaixada, destruiu o rubro-negro e carimbou a freguesia argentina. Um sonoro 4x0, com dois de Raí, um de Dinho e outro de Cafú. Como teve que reverter um placar bem adverso, sem dúvida, foi o primeiro teste de fogo para o poderoso Tricolor na edição de 93.
QUARTAS - SPFC X FLAMENGO
De acordo com o regulamento, times do mesmo país eram obrigados a se enfrentar nas quartas de final. Isso obrigou SPFC e Flamengo a se encontrassem. O rubro-negro era o atual campeão brasileiro e também tinha um time histórico. Júnior era o maestro da equipe, que ainda contava com Nélio, Gottardo, Gaúcho e Paulo Nunes. Mais um teste de fogo! Na ida, no Maracanã, Palhinha abriu o placar com um golaço de cobertura, mas Nélio empatou no segundo tempo. No Cícero Pompeu de Toledo, um jogo muito disputado. Muller deu um giro de corpo em Gottardo e fez 1 a 0. O Fla foi para cima e quase empatou, já que Vitor tirou uma bola em cima da linha. Em seguida, Cafú fechou o placar e garantiu a classificação.
SEMI - SPFC X CERRO PORTEÑO
No primeiro jogo, uma vitória magra por 1 a 0, mas muito importante. Raí marcou no início do jogo. Depois, veio uma pressão monstruosa dos brasileiros, mas o goleiro Mongragón impediu a goleada e deixou os paraguaios vivos para a volta. Em Assunção, o forte Cerro, que tinha o lateral Arce (aquele do Palmeiras e do Grêmio), tentou de todas as formas virar o placar. Não conseguiu! Ronaldo Luis botou o SPFC na final depois de impedir o gol dos donos da casa ao tirar a bola em cima da linha, nos minutos finais. 0 a 0 e o sonho do bi ganhou mais força!
FINAL - SPFC X UNIVERSIDAD CATÓLICA
Um dos maiores jogos da história do São Paulo Futebol Clube. A primeira final, no Morumbi, contra os chilenos, foi um espetáculo! Sem exagero, até a Holanda de 1974 e a Seleção Brasileira de 1970 aplaudiriam o esquadrão de Telê Santana. Raí fez um de peito, Vitor e Gilmar marcaram driblando a defesa adversária, Muller fechou o placar com um golaço de cobertura e López (contra) abriu o marcador. E o Zetti? Não teve trabalho? Ah teve! No segundo tempo, em um mesmo lance, fez cinco milagres seguidos dentro da pequena área. Muralha Tricolor! Na volta, a derrota por 2 a 0 não impediu o bi histórico. O São Paulo estava pronto para conquistar o mundo pela segunda vez!
Vai, São Paulo!
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