ANÁLISE: SÃO PAULO 2X0 CORINTHIANS - COPA DO BRASIL 2023

Lucas vibra com classificação do SPFC na Copa do Brasil. Crédito: Marcos Ribolli

São-Paulinos de plantão!

ESTAMOS NA FINAL! 23 anos depois, o São Paulo tem uma nova chance de conquistar a Copa do Brasil. Com uma vitória incontestável por 2 a 0 sobre o Corinthians, o time de Dorival Júnior avançou para a decisão. E que classificação épica!

Primeiro, porque virou para cima de um rival que vence a maioria das decisões e tem uma baita mística a favor, além de uma torcida bastante ofensiva com vários cantos homofóbicos. Depois de eliminar o Palmeiras, chegar à final após bater o alvinegro é um feito histórico. Não é todo dia que se elimina os dois maiores rivais da mesma competição.   

Além disso, o Clube da Fé fez uma partida mais que perfeita, com uma atuação gigante e um certo Camisa 7 monumental. O que não teve em Itaquera, sobrou no Morumbi. Se faltou concentração, agora não houve margem para erro, tanto que Rafael, que não foi exigido em boa parte do Majestoso, fez uma baita defesa em chute de Rojas, que a bola ia na gaveta. Se não existiu total mobilização no primeiro jogo, dessa vez o que se viu foi algo de outro mundo. A recepção que a equipe recebeu da torcida ao chegar no estádio foi espetacular, uma festa inesquecível!

E se na casa do rival faltou ao Tricolor alguém decisivo, Lucas chegou para resolver o problema. Que jogador! É ídolo sim senhor(a)! E não foi só porque fez o gol da classificação, mas porque fez uma partida digna de Raí, Muller ou Mineiro. Além do gol, correu, marcou, cavou falta, deu arrancadas, deixou Gil e Murillo como duas baratas tontas. Foi o dono do clássico. Ponto para a diretoria, que foi buscá-lo! Vale destacar também Wellington Rato, que abriu o placar com um golaço e deu assistência para o segundo.

Do bebê até a pessoa com mais idade, o são-paulino viveu uma noite para não ser esquecida. Dentro de um intervalo de 10 anos, em que aconteceram mais tristezas do que a alegria, o SPFC deu ao seu torcedor um motivo para se orgulhar de verdade. Ao ter a chance de disputar um título inédito, o Mais Querido recupera o seu protagonismo. 

A empolgação é grande, mas é bom lembrar que o time de Dorival Júnior ainda não ganhou nada e tem uma parada duríssima na final. O Flamengo, mesmo numa instabilidade, é mais time e, portanto, a dedicação vai ter que ser total. Dá para ser campeão!

NOTAS:

Rafael - Quando exigido, fechou o gol. Baita defesa em chute de longe de Rojas e no final, no lance que o árbitro deu impedimento, foi um monstro. 8,0!

Rafinha - Liderou bem o time para virar o placar. 7,5!

Arboleda - A Muralha Equatoriana! 9,0!

Beraldo - Não cometeu faltas, desarmou até vento e afastou todos os perigos. 9,0!

Welington - Boa válvula de escape pela esquerda. 7,5!

Pablo Maia - Fechou a defesa e ninguém de preto passou. Recuperou a bola para o Rato fazer o primeiro gol. 9,0!

Alisson - Não fez gol, mas fez o que parecia ser mais difícil: sumiu com Renato Augusto. O craque deles não tocou na bola. 10!

Rodrigo Nestor - Distribuiu bem o jogo e se movimentou pelo campo inteiro. 8,5!

W. Rato - Nem Mestre Splinter e nem Mockey Mouse. O rato mais poderoso do mundo se chama Wellington! Abriu o placar e deu assistência para o segundo. Só não vai levar o 10 porque perdeu a bola para matar o confronto no segundo tempo. 9,5!

Lucas - Pode chamar de ídolo. Voltou, jogou muito, passou a bola, desarmou, correu, arrancou e fez o gol da classificação. 10!

Calleri - Não marcou o seu, mas foi fundamental. Prendeu a bola na frente, tabelou com Lucas e lutou uma barbaridade. 9,0!

Gabriel Neves, Juan, Michel Araújo e Diego Costa - Manteve a pegada forte no meio. 7,0! Juan errou alguns passes, foi participativo. 6,0! Michel Araújo segurou a bola quando foi preciso. 6,5! Diego entrou no final para ajudar na bola aérea defensiva. Funcionou! 6,0!

Dorival Júnior - Seu time foi vibrante, gigante e muito organizado. Ao botar o SPFC na final da Copa do Brasil, fez o que ninguém conseguiu em 23 anos. Agora precisa mobilizar a equipe para vencer o Flamengo. 10!

Vai, São Paulo!