ESPECIAL 93: AC MILAN 2X3 SÃO PAULO - MUNDIAL INTERCLUBES

 Muller marca de calcanhar e garante o bi do Mundial ao SPFC. Crédito: Reprodução

São-Paulinos de plantão!

BICAMPEÃO! BICAMPEÃO! 

No duelo de titãs, deu São Paulo no Japão. Em uma partida épica, cheia de alternativas, o Tricolor bateu o poderoso Milan, por 3 a 2, e garantiu o bicampeonato do Mundial Interclubes. Um feito histórico, já que igualou o Santos de Pelé (campeão do mundo em 1962 e 1963).

Não à toa que esse jogo passou a ser chamado por muitos como Jogo do Século. Os dois times jogaram tudo que sabiam. O Milan teve o domínio de grande parte dos 90 minutos, através de sua força física e talento de Donadoni, Massaro e Papin. 

Em pé: Zetti, Dinho, Ronaldão, Cafú, Leonardo e Toninho Cerezo. Agachados: Muller, Doriva, Válber, Palhinha e André Luiz. Crédito: Reprodução

Já os brasileiros, tinham a classe no toque de bola e o volante primoroso Toninho Cerezo. Sem exagero, o Camisa 11 fez uma partida monumental pois, aos 38 anos, correu como um menino de 15. Além disso, armou, desarmou, fechou espaço e comandou o SPFC dentro de campo. E mais, fez um lindo gol no segundo tempo e tirou o time de um buraco profundo ao lançar Muller, que garantiu o bi em um dos gols mais improváveis da história. 

Sim, o gol do título foi algo que só o futebol proporciona. O Camisa 7 pulou o goleiro Rossi, a bola bateu sem querer em seu calcanhar e entrou de mansinho no fundo da rede. Não importa! O que vale é bola na rede e caneco na mão! 

Mas não foi só isso que foi bonito. A jogada do primeiro gol do Tricolor, ainda no primeiro tempo, foi inesquecível. Para começar, André Luiz deu uma inversão de cinema para Cafú. O lateral bateu de primeira para o meio da área e deixou no jeito para Palhinha bater no contrapé do goleiro.

Um resultado para a eternidade. Neste dia, o São Paulo provou que é realmente o Clube da Fé. Só a fé para acreditar no calcanhar dourado de Muller quando tudo estava perdido. Além disso, o manto preto, branco e vermelho provou (mais uma vez) ser pesado. E mais, o São Paulo mostrou ao mundo que o título de 1992, quando bateu o dream team do Barcelona, não foi um mero acidente. O bicampeonato foi fruto de muita qualidade, competência, sorte, organização e trabalho. Só quem atravessou o mundo sabe o que é isso!

NOTAS:

Zetti - Sem falha nos gols italianos. Sempre muito bem colocado nos chutes adversários. Encaixou todas. 7,5!

Cafú - Teve trabalho com Massaro, mas deu baita assistência para Palhinha abrir o placar. Se superou, já que machucou o ombro durante o jogo. 8,5!

Válber - Distraído no primeiro gol milanista e sofreu antecipação no segundo. Quando a coisa apertou procurou fazer o simples. 6,0! 

Ronaldão - Firme nos carrinhos e não deu espaço para o adversário. 7,0!

André Luiz - Começou a jogada do primeiro gol brasileiro com uma inversão de jogo de cinema. 8,0!

Doriva - Protegeu bem a zaga no final do jogo. 7,5!

Dinho - Errou muito passe no meio, mas ajudou Cafú a fechar o lado direito no final. 6,5!  

Toninho Cerezo - Um primor de jogador! Aos 38 anos, correu como um menino de 15. Armou, desarmou, fechou espaço, balançou a rede e deu o passe para o antológico gol de Muller. 10! 

Leonardo - Segundo tempo irretocável. Foi o Camisa 10 que o SPFC precisava ao servir Cerezo no segundo gol. Quase fez o seu em linda cobrança de falta. 8,5!

Palhinha - Abriu o placar com belo. 8,5!

Muller - Garantiu o bi ao fazer um gol improvável, mas antológico. Além disso, xingou Costacurta. "Êta" calcanhar de ouro! 9,0!

Juninho - Entrou bem. Deu velocidade ao time em momento fundamental da partida. 7,5!

Telê Santana - Conseguiu fazer com que a equipe soubesse ganhar um jogo duro, forte e até improvável em certo momento. 10!

Vai, São Paulo!


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