ESPECIAL 92: CRICIÚMA 1X1 SÃO PAULO - QUARTAS LIBERTADORES

 Muller arrisca em partida contra o Criciúma, pela Libertadores de 1992. Crédito: Reprodução

São-Paulinos de plantão!

Com a vitória por 1 a 0 no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores de 1992, no Morumbi, o São Paulo foi para Criciúma com a vantagem do empate. Na época, não tinha o gol qualificado fora de casa, ou seja, qualquer vitória do Tigre por um gol de diferença, levaria para os pênaltis.

Dessa vez, a história foi (bem!) diferente do que na primeira fase. Não teve goleada, nem time reserva e muito menos bagunça tática. O Tricolor suportou o caldeirão do Heriberto Hulse e conseguiu uma classificação épica ao segurar o 1 a 1.

Como esperado, as coisas não foram fáceis. Logo no início, os donos da casa, contagiados pela sua torcida fanática, partiram para cima. Aos nove minutos, Jairo Lenzi cruzou no primeiro pau, Zetti saiu mal e Soares tocou de cabeça, abrindo o placar.  Ali, era o fim pequena vantagem construída em Sampa.

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Na frente do marcador, o Criciúma continuou indo para cima em busca do segundo gol e ele quase aconteceu, já que Roberto Cavalo acertou a trave em chute da entrada da área. No entanto, foi nesse momento tenso, de dificuldade, que deu para sentir a maturidade, a malandragem e a qualidade da equipe de Telê Santana. O Tigre era muito bom, mas o SPFC era melhor!

Apesar das boas chances que teve no primeiro tempo, o empate são-paulino saiu aos sete do segundo tempo. Depois de bela troca de passes pela direita, Raí recebeu na área adversária, ajeitou de coxa para Palhinha, que dominou no peito e chutou com força, sem chance para o goleiro Alexandre. Sem dúvida, um dos gols mais bonitos que o SPFC marcou na competição.

Com a igualdade no placar, a classificação voltava para o Tricolor. Por isso, os catarinenses foram com tudo e mais um pouco para o ataque. Realmente, o caldeirão ferveu até o fim em Santa Catarina. Tiveram chutes perigosos de fora da área dos donos da casa, atrapalhadas de Zetti, contra-ataques paulistas, mas o placar não saiu do 1 a 1.  

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No fim, aplausos dos mais de 20 mil torcedores para a equipe valente do Criciúma e também para o belo espetáculo que as duas equipes proporcionaram. Sim, foi uma linda disputa!

O São Paulo garantiu a classificação para a semifinal! Resultado histórico, afinal de contas, permitiu ao Tricolor ficar entre os quatro primeiros da competição desde o vice-campeonato de 1974.

Dessa vez, o Clube da Fé estava com um esquadrão de ouro, pronto para conquistar a América pela primeira vez!

CRICIÚMA 1X1 SÃO PAULO - LIBERTADORES 1992
Data: 20/05/1992
Local: Criciúma, Santa Catarina-SC
Estádio: Eriberto Hulse
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Auxiliares: Manoel Serapião Filho (BA) e Daniel Fernandes
Público e Renda: 21.050 pagantes e 213.500.000,00 cruzeiros
Gols: Soares aos ' do 1ºT e Palhinha aos 7' do 2ºT.
CRICIÚMA: Alexandre; Jairo Santos, VIlmar, Wilson e Sarandi; Roberto Cavalo, Grizzo (Everaldo) e Gelson; Vanderlei (Adílson Gomes), Soares e Jairo Lenzi. Técnico: Levir Culpi.
SÃO PAULO: Zetti; Cafú, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado e Raí; Palhinha, Muller e Rinaldo (Ronaldo Luís). Técnico: Telê Santana.

O próximo jogo será contra o Barcelona, do Equador, no Morumbi, no dia 27 de maio.

Vai, São Paulo!

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