ESPECIAL 92: HISTÓRIA DO NEWELL'S OLD BOYS, ADVERSÁRIO DO SPFC NA FINAL DA LIBERTADORES

Time base do Newell's Old Boys que disputou a final da Libertadores de 1992. Crédito: Reprodução

São-Paulinos de plantão!

Como muitos sabem, o adversário do São Paulo na final da Libertadores de 1992 foi o Newell's Old Boys, da Argentina. Aqui, vamos falar um pouco sobre a forte equipe comandada por Marcelo "El Loco" Bielsa. 

Original da cidade de Rosário, o Newell's Old Boys teve sua fundação relacionada ao inglês Isaac Newell, nascido em 1853. Com o espírito aventureiro e fanático por futebol, foi para a Argentina aos 16 anos. Em 1884, o rapaz fundou o Colégio Comercial Anglicano, instituição que deu origem ao clube, em 1903. Suas cores são o preto e o vermelho, em homenagem as bandeiras da Inglaterra (referência a Newell) e da Alemanha, para saudar a esposa do imigrante. 

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Hoje em dia, o clube também é conhecido por ser quem revelou o craque Leonel Messi para o futebol. Antes de ir para o Barcelona, o Camisa 10 da Seleção Argentina deu os seus primeiros chutes na cidade de Rosário.

Outra peculiaridade é que os todos os torcedores do NOB são chamados de Leprosos, pois no início do Século 20 foram convidados para participar de um evento beneficente para os pacientes com hanseníase do Hospital Carrasco.

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A história do time que perdeu para o São Paulo em 92 começou em 1987, quando perdeu o título nacional para o maior rival, o Rosário Central, por um ponto de diferença. Na temporada seguinte, teve o feito de ser tricampeão argentino (1987-1988, 1990-1991 e 1992-Clausura) e vice-campeão da Liberta de 88. Além disso, superou as potências do país, como Boca Jrs. e River Plate.

Esse esquadrão do Newell's foi formado com apenas revelações da base. Entre os jogadores, algumas pessoas ilustres que até hoje figuram no cenário futebolísticos. 

Confira abaixo o time que começou a grande decisão do Morumbi:

Scoponi teve participação de destaque na final da Libertadores de 1992. Crédito: Reprodução

SCOPONI
Jogou no clube de 1982 até 1994, com 407 jogos. Foi titular durante todos os anos dourados do rubro-negro argentino. Tinha reflexo apurado e era pegador de pênaltis. Na final de 92, pegou a cobrança de Ronaldão. 

Saldaña comemora gol pelo Newell's durante clássico contra o Rosário Central. Crédito: Reprodução

SALDAÑA
Fez 292 partidas pelo clube de Rosário e tinha como virtude a polivalência, já que atuou como lateral-direito, lateral-esquerdo e meio-campista. Com vocação ofensiva, era uma das armas de contra-ataque da equipe e jogadas de linha de fundo. 

Gamboa foi quem perdeu o pênalti que garantiu a Libertadores de 92 para o SPFC. Crédito: Reprodução

GAMBOA
Era o capitão da equipe na final de 1992. Esse o são-paulino sabe muito bem quem é, afinal de contas, foi quem errou o pênalti que Zetti defendeu e garantiu o título ao São Paulo. Era um zagueiro firme no jogo aéreo e nos desarmes. Não brincava em serviço, tanto que foi titular absoluto com Bielsa. Disputou mais de 100 partidas pelo clube. 

Antes de ser técnico de Tottenham e PSG< Pochettino jogou pelo Newell's. Crédito: Reprodução

POCHETTINO
O treinador que foi vice-campeão da Champions League com o Tottenham-ING e hoje comanda o PSG era o zagueiro daquele time do NOB. Na época, estava iniciando a carreira e já mostrava qualidade nos desarmes e na antecipação. Ele começou no clube aos 16 anos. Além de eficiente atrás, no ataque também ia bem, já que marcava alguns gols de cabeça. 

Berizzo marcou o gol da vitória dos argentinos no primeiro jogo da final de 1992. Crédito: Reprodução

BERIZZO
Autor do gol da vitória argentina no primeiro jogo da decisão de 92, em Rosário, o Camisa 3 perdeu sua cobrança nas penalidades do Morumbi. Atuava como zagueiro, volante ou lateral, pois tinha habilidade na marcação e nas divididas de bola. Depois que encerrou a carreira virou treinador. Na Copa América de 2019, no Brasil, comandou o Paraguai. Também treinou Sevilla, Celta de Vigo e Athletic de Bilbao, todos da Espanha.

Llop era um destaques da equipe do Newell's comandada por Marcelo Bielsa. Crédito: Marcelo Manera

LLOP
Ídolo histórico do Newell's. Polivalente, tinha como marca registrada a raça durante as partidas. Jogador fundamental para o meio de campo, pois tinha muita técnica com a bola nos pés. Jogou 399 vezes com a camisa rubro-negra e marcou gols importantes nos títulos nacionais. 

Berti foi importante durante a campanha do vice-campeonato de 1992. Crédito: Reprodução

BERTI
Outro que fez contribuições importantes para a trajetória do time de Bielsa. Jogou no clube até 1995, quando se transferiu para o Atlas, do México.

Antes de virar treinador, Tata Martino foi ídolo do Newell's como jogador. Crédito: Reprodução

GERARDO "TATA" MARTINO
O treinador que dirigiu Barcelona, Argentina e Paraguai também estava no time vice-campeão da Libertadores. Aliás, ele até hoje é um grande patrimônio para o torcedor do Newell's pois é recordista de número de jogos com a camisa vermelha e preta. Ao todo, foram 509! Capitão na Era Bielsa, o meia tinha regularidade impressionante. Atuou no clube de 1980 até 1995.

Zamora com o uniforme tradicional do Newell's Old Boys. Crédito: Reprodução

ZAMORA
Meia ofensivo, atuava avançado pela direita ou mais centralizado. Esteve presente nas conquistas nacionais de 1991 e 1992. 

Depois de 1992, Lunari perdeu para o São Paulo a final da Libertadores de 1993. Crédito: Reprodução

LUNARI
Jogava no meio e também no ataque. Foi titular praticamente em todos os jogos do Newell's na Libertadores de 1992. Depois do vice da competição, foi para o Universidad Católica, do Chile, e perdeu de novo para o São Paulo, em 1993. Ele estava presente no eterno 5 a 1, no Morumbi.

Mendoza foi um dos que perderam pênalti na final de 1992, no Morumbi. Crédito: Reprodução

MENDOZA
Esse não brilhou tanto como os leprosos esperavam, mas fez bons jogos na Libertadores de 92. Na decisão por pênaltis, mandou a bola para fora logo depois de Ronaldão perder para o Tricolor.

Bielsa fez história no Newell's Old Boys. Depois treinou a Seleção Argentina. Crédito: Reprodução

MARCELO BIELSA
Hoje um dos técnicos mais importantes do futebol da América do Sul. Conseguiu impor um estilo próprio de jogo e montou grandes equipes. Além do Newell's de 1992, comandou uma seleção histórica da Argentina, com Crespo, Verón, Ayala, Batistuta, Hortega, entre outros. Além disso, montou a base do Chile campeão da Copa América de 2015 e 2016, e fez ótimo trabalho no Athlétic de Bilbao, da Espanha. Na Inglaterra, comandou o Leeds United, clube que voltou para a Premiere League depois de muitos anos.

Vai, São Paulo!

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